Ator de A Herança expõe dificuldade em projeto LGBTQIA+

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Desafios enfrentados por “A Herança”: temática LGBTQIA+ afasta patrocinadores, apesar do sucesso com o público. .(Foto: Reprodução/Internet)

O espetáculo “A Herança” tem enfrentado desafios para realizar novas temporadas, apesar do sucesso de público. O ator Rafael Primot, em entrevista à CONTIGO!, revelou que a temática LGBTQIA+ do projeto tem afastado patrocinadores. Ele explicou que a peça teve um financiamento inicial via Lei Rouanet, mas subsequentemente precisou depender da bilheteria devido à falta de patrocínio e apoio.

Primot mencionou que, embora o Brasil esteja mais aberto à discussão sobre diversidade, muitas empresas ainda hesitam em apoiar espetáculos com essa temática, mesmo com números expressivos de público. A peça já foi vista por quase 40 mil pessoas.

O espetáculo A Herança

O ator compartilhou a dificuldade que enfrentam na realização da temporada no Rio de Janeiro, sem patrocínio, dependendo exclusivamente da receita da bilheteria para financiar o projeto. Ele destacou que a equipe está empenhada em contar essas histórias, mesmo sem ganhar dinheiro com a peça.

Apesar das adversidades, o reconhecimento do público e da crítica tem sido um incentivo para continuar o projeto. Prêmios e reconhecimento facilitam a busca por um bom espaço teatral e atraem o público. No entanto, Rafael observou que isso não resolve todos os problemas, pois realizar produções culturais no Brasil ainda é complicado.

Inclusão

Neste ano, Rafael Primot estreou na série “Chuva Negra” no Globoplay, que trata de inclusão e diversidade, apresentando personagens com Síndrome de Down, uma atriz trans, um ator com nanismo e um relacionamento homoafetivo. O ator destacou a importância de abordar essas questões e deu ênfase à valorização das minorias e excluídos pela sociedade.

Chuva Negra” tem atraído atenção internacional e recebeu elogios da crítica, incluindo uma análise positiva da Variety, um importante veículo de crítica de séries e filmes. Rafael expressou sua alegria ao ver seu projeto sendo reconhecido fora do Brasil e enfatizou que as narrativas bem estruturadas e pensadas são universais, pois abordam os dramas humanos que são comuns a todos.