O Pastor André Valadão, em meio a polêmica envolvendo suas recentes declarações sobre a comunidade LGBT+, afirmou que recorrerá à Justiça contra críticos que, segundo ele, estão “aproveitando o episódio de maneira distorcida para destilar ódio contra cristãos”.
Contudo, durante um culto na Igreja Lagoinha de Orlando, nos EUA, suas palavras geraram controvérsia, instigando os fiéis contra a referida comunidade com a frase “vamos para cima”.
Em uma publicação feita na segunda-feira, dia 10, o pastor veementemente negou ter sugerido que seus seguidores deveriam atacar pessoas LGBT+.
Como resultado desta declaração controversa, iniciou-se uma investigação sobre Valadão por sua suposta prática de homotransfobia.
“Nunca saiu da minha boca a expressão ‘e Deus deixou o trabalho sujo para nós”, afirmou Valadão, desafiando seus críticos a assistirem ao vídeo do culto para verificar sua afirmação.
Enfatizou que sempre repudiou qualquer forma de violência, seja física ou verbal, motivada pela orientação sexual de uma pessoa. Adicionalmente, acusou a mídia de distorcer suas palavras, insistindo que simplesmente repetia “o que está escrito na Bíblia”.
“Minha pregação como pastor foi dirigida apenas a fiéis e está protegida pela liberdade de culto, seja no Brasil, seja nos Estados Unidos”, defendeu o pastor. Afirmou que o casamento homoafetivo teria “aberto as portas” para paradas com “homens e mulheres nus com seus órgãos genitais expostos diante de crianças”.
Valadão referiu-se à história bíblica do dilúvio para ilustrar suas palavras, usando a frase “se eu pudesse, matava tudo e começava de novo”.
Em seguida, incitou seus seguidores com as palavras “vamos para cima”. Entretanto, o Ministro da Justiça, Flávio Dino, rebateu dizendo que o pastor responderá legalmente por “propagar ódio contra as pessoas”.
Outras polêmicas envolvendo Valadão:
É importante salientar que esta não é a primeira ocasião em que Valadão se encontra envolvido em controvérsias legais. No passado, o pastor já enfrentou uma representação no Ministério Público de Minas Gerais (MP-MG) devido a acusações de transfobia.
Neste caso, a investigação criminal foi iniciada. Ele também realizou uma campanha dizendo que “Deus odeia o orgulho”, referindo-se ao mês do Orgulho LGBT+, celebrado em junho. Na ocasião, ele proclamou que “esse mês é o mês da humilhação”.
Formação em Comunicação Social – Especializações em Redação – Copywriting – Pós graduação: Artes em Jornalismo pela Columbia Journalism School – Universidade Columbia.