Ana Paula Padrão se revolta após críticas em polêmica: “Não vou ficar em silêncio”

Ana Paula Padrão no MasterChef; apresentadora foi criticada por usar pronome neutro
Ana Paula Padrão no MasterChef; apresentadora foi criticada por usar pronome neutro (Foto: Reprodução/Band)

Ana Paula Padrão se revolta após críticas em polêmica: “Não vou ficar em silêncio”

Alvo de críticas, Ana Paula Padrão decidiu se pronunciar nesta quarta-feira (24) e rebateu os ataques que vem sofrendo nas redes sociais. A apresentadora da Band passou a ser criticada após usar pronome neutro na abertura do MasterChef exibido na última terça-feira (23), quando conversava com os participantes do reality culinário.

No MasterChef, Ana Paula usou o pronome neutro ao dar boas-vindas para os competidores da atração. Isso foi o suficiente para ela receber várias críticas. A apresentadora, no entanto, explicou que o uso da expressão aconteceu porque um dos participantes, Wilton, se define como uma pessoa não-binária. Ou seja, o participante não se identifica com o gênero masculino ou feminino.

Ana Paula Padrão rebate

A contratada da Band, então, se pronunciou em seu Instagram após as críticas. “Hoje não vou ficar em silêncio sobre o elefante na sala que está incomodando muita gente. Não é a primeira vez que isso acontece nas minhas redes e posso garantir a vocês: comentários grosseiros e desrespeitosos nunca me fizeram abrir mão dos meus valores em 57 anos, e não será diferente agora”, escreveu na legenda da postagem.

Ana Paula deixou claro que, apesar das críticas, continuará usando o pronome neutro. Ela afirmou ainda que os incomodados devem se retirar de sua rede social. “Continuo prezando pelo respeito à individualidade e o direito de existir de todes. É bem-vinde aqui quem escolhe o caminho da tolerância. Ao resto: fique à vontade para se retirar”, disparou.

Se irritou com críticas

No vídeo publicado, a jornalista se defendeu as críticas que tem sofrido. “O argumento dessas pessoas é que eu tô matando a gramática da língua portuguesa. A reação não é ao uso do idioma, é ao que esse uso representa. Gente, palavra tem muito poder. Quando eu uso a linguagem neutra porque eu sei que há ali ou pode haver ali na minha frente alguém que se identifica como não-binário, eu estou reconhecendo a existência dessa pessoa. E é isso que dói em quem não aceita essa existência”, declarou.

Além disso, Ana Paula Padrão destacou que vai continuar usando o pronome neutro. “Eu pretendo sim deixar o outro ter luz na sociedade, ainda que ele seja muito diferente de mim. Quando eu trato essa pessoa com os pronomes que ela escolheu pra se definir, eu dou visibilidade a ela, u reconheço que ela tem o direito de existir, e não uma existência apartada da sociedade, ignorada, varrida pra debaixo do tapete. Eu vou continuar tratando essas pessoas assim, e os incomodados podem ir se mudando”, finalizou.