Com rombo de bilhões e uma fila de credores, a Americanas enfrenta dificuldades desde janeiro, quando estourou o problema em suas finanças. Mas agora surgiu uma “ajuda” para a empresa se manter. Isso porque, a Justiça do Rio de Janeiro aceitou a proposta dos acionistas de referência da varejista para um empréstimo bilionário.
O juiz Paulo Assed Estefan, titular da 4ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, autorizou empréstimo de até R$ 2 bilhões para a empresa. Desse montante, R$ 1 bilhão vem dos acionistas Jorge Paulo Lemann, Marcel Herrmann Telles e Carlos Alberto Sicupira por meio de emissão de debêntures não conversíveis em participação acionária.
O empréstimo tem como objetivo assegurar que a empresa tenha capital de giro. O prazo de vencimento é de 24 meses.
“O aporte financeiro se destinará ao custeio de despesas imprescindíveis à execução das suas atividades, às medidas de impulso dos seus negócios e novos negócios”, explica a nota.
Ao apresentar a proposta, a Americanas falou em um financiamento com valor mínimo de R$ 1 bilhão. Segundo a rede varejista, isso vai permitir manter os investimentos em capital de giro e financiar suas obrigações, o que inclui o pagamento de fornecedores e parceiros.
Nova decisão sobre a Americanas
Recentemente, o juiz Paulo Assed Estefan, titular da 4ª Vara Empresarial da Capital, publicou edital em que estabelece que os credores das empresas que compõem o Grupo Americanas apresentarem suas habilitações e divergências quanto aos créditos listados diretamente à Administração Judicial conjunta – Preserva-Ação Administração Judicial e Escritório de Advocacia Zveiter. O prazo é de 15 dias corridos.
Segundo o edital, uma regra deve ser seguida, sob a pena de perda de prazo. O texto diz que os credores não poderão se habilitar ou apresentarem suas divergências diretamente através de petições no processo da recuperação judicial.
O juiz Paulo Assed Estefan deferiu o processamento da recuperação judicial do Grupo Americanas no dia 19 de janeiro. Na ocasião, ele considerou algumas situações.
“A eventual quebra do Grupo Americanas pode acarretar o colapso da cadeia de produção do Brasil, com prejuízos em relevantes setores econômicos, afetando mais de 50 milhões de consumidores, colocando em risco dezenas de milhares de empregos”, disse o magistrado na decisão.
Formado em Publicidade e Propaganda pela Faculdade Pitágoras e roteirista. Um apaixonado por televisão, e amante das novelas desde que se entende por gente.