Além de Vini Jr: Relembre alguns casos de racismo no futebol europeu

Vini Jr
(Foto: Reprodução/Twitter)

Além de Vini Jr: Relembre alguns casos de racismo no futebol europeu

Um dos casos envolvendo racismo de maior repercussão dos últimos tempos é o de Vini Jr., jogador do Real Madrid, que vem sofrendo ataques racistas há muito tempo nas partidas em que está presente. No entanto, infelizmente, o futebol europeu tem inúmeros casos onde pessoas negras são submetidas a situações vexatórias nos estádios.

Por isso, juntamos alguns casos que já aconteceram na Europa durante os últimos anos. Confira logo abaixo:

Daniel Alves:

Daniel Alves, Vini Jr
(Foto: Reprodução/Twitter)

Em 2014, Daniel Alves, que atualmente está sem clube, jogava no Barcelona. Em uma partida contra o Villarreal, o jogador fez parte das duas jogadas principais que garantiram a vitória do time. Entretanto, parece que os torcedores do time rival não souberam lidar muito bem com a derrota. 

Em um determinado momento, alguém na torcida atirou uma banana contra Daniel em um ato racista ao tentar ligar a sua imagem enquanto pessoa negra aos macacos. Porém, a reação do jogador surpreendeu: ele pegou a fruta, comeu e seguiu com o jogo. Após a partida, o atleta disse que havia vivido onze anos na Europa, na época, e que desde o início era dessa maneira. “Temos de rir dessa gente atrasada”, finalizou.

Roberto Carlos:

Roberto Carlos, Vini Jr
(Foto: Reprodução/Twitter)

Durante uma partida contra o Krylia Sovétov, Roberto Carlos, que jogava no Anzhi em 2011, viveu uma situação idêntica a Daniel Alves. Foi atirada uma banana em direção ao craque que estava no gramado, mais uma vez tentando fazer alusão a cor de sua pele aos macacos, e sua reação foi abandonar a partida e ir para o vestiário.

Posteriormente, o Roberto disse em entrevista que estava totalmente desmotivado e que não tinha mais nenhuma vontade de retornar aos gramados após o ataque racista. “Atos deste tipo não deviam de ser tolerados em países civilizados”. O time venceu a partida com um placar de 3 a 0, mas, infelizmente, o dia ficou marcado por um crime.

Pierre Webó:

Pierre Webó, Vini Jr
(Foto: Reprodução/Twitter)

O caso de 2020 foi um pouco diferente dos demais. O camaronês Pierre Webó, do PSG, precisou parar a partida após ser vítima de ataques racistas vindo de um dos técnicos. De acordo com a vítima, Sebastien Coltescu, o quarto árbitro, teria se dirigido a ele da seguinte forma: “Aquele preto ali. Não dá para agir assim”. Após o ocorrido, os jogadores de ambos os times abandonaram o gramado e a partida foi realizada no dia seguinte.

Após a vitória no dia seguinte por 5 a 0, Webó concedeu uma entrevista onde disse que os dias seguintes ao ataque sofrido foram os piores de sua vida. No entanto, ainda que seu time tenha saído enquanto vitorioso, o jogador declarou: “Eu não quero que as pessoas foquem em mim por causa disso. Eu lamentaria muito ser lembrado por isso. Tenho vergonha, para ser sincero”.

Neymar Jr:

Neymar, Vini Jr
(Foto: Reprodução/Twitter)

Durante um jogo da Champions League em 2020, Neymar, do PSG, denunciou um ato racista vindo do Álvaro González. De acordo com o brasileiro, o goleiro do Olympique de Marseille teria o chamado de “macaco filho da put*”. Após ouvir o insulto, o camisa 10 deu um tapa na cabeça do espanhol e, com isso, levou cartão vermelho e, no fim da partida, deixou o gramado em lágrimas.

Nas redes sociais, González disse não ser uma pessoa racista. De acordo com o mesmo, Neymar não aceitou a derrota e tentou atribuir uma culpa a qual não o pertencia. O brasileiro, por sua vez, respondeu não ter nenhum respeito pelo goleiro e reiterou que houve sim uma atitude racista, mas que ele “não era homem o suficiente para assumir”.

Sulley Muntari:

Sulley Muntari, Vini Jr
(Foto: Reprodução/Twitter)

Enquanto ainda atuava no Pescara, Sulley Muntari foi vítima de ataques racistas vindo da torcida do Cagliari. Mas a maior revolta do jogador foi a atitude do árbitro, que se negou a dar um tempo na partida para que os insultos diminuíssem. Ao bater no braço, mostrando sua cor, o árbitro decidiu penalizá-lo com cartão amarelo e, com isso, fez com que o jogador abandonasse a partida.

Logo após o fim do jogo, Muntari falou sobre o ocorrido para os jornalistas ali presentes. “Já no segundo tempo, se repetiu na curva e eu falei com o árbitro. Ele me disse que eu não deveria conversar com o público. Perguntei se ele não tinha ouvido, insisti que ele deveria ter coragem de parar a partida. O árbitro não está no campo para apitar, ele deve fazer de tudo. Inclusive dar o exemplo aos torcedores”.