YouTube Black Voices: conheça os nomes da edição de 2022

Nesta semana o Youtube divulgou os nomes dos artistas selecionados para fazer parte do YouTube Black Voices 2022. O projeto da plataforma tem como promover e trazer novas perspectivas e diversas da cultura negra.

YouTube Black Voices 2022 vai contar com representantes brasileiros (Reprodução)
YouTube Black Voices 2022 vai contar com representantes brasileiros (Reprodução)

Entre os mais de 30 selecionados, quatro artistas brasileiros estão na lista, são eles: Jonathan Ferr, Liniker, Rico Dalasam e as irmãs Tasha & Tracie.

O projeto musical conta com a representação de diversos países, como Uganda, Estados Unidos, Reino Unido, Austrália, Cuba, Nigéria, África do Sul, Canadá entre outros.

Feliz com a indicação, a cantora Liniker afirmou que está muito feliz em participar do #YouTubeBlackVoices, por acreditar que a plataforma pode direcionar sua arte para outros lugares do mundo.

“Para fazer meu trabalho se conectar com qualquer pessoa disponível para ouvir e se relacionar com o que eu produzo – uma artista, uma mulher negra cujo objetivo é que a liberdade seja um lugar presente e sempre em expansão, para que nossas histórias sejam preservadas no agora e nossas vozes continuem a ecoar”, afirmou.

“Minha música segue a paixão e o coração. Essas características me colocam em contato direto com o que sinto e acredito. Meu trabalho se passa em um mercado no Brasil onde a música é feita e construída de forma independente e muito coletiva. Desse modo, diria que minha arte e minha música são ferramentas de comunicação do que vivemos aqui e agora”, completa.

Estrelou série da Amazon

Em falar em Liniker, recentemente a artista esteve como protagonista da série Manhãs de Setembro da Amazon Prime. Em seu primeiro trabalho como atriz à frente das câmeras, a cantora interpreta Cassanda, uma mulher tras que é surpreendida com a chegada de um filho.

‘O que mais me atraiu em Manhãs de Setembro foi a possibilidade de criar um imaginário real sobre uma pessoa trans tendo em vista o país e a sociedade que vivemos e todas as formas de violência pelas quais as pessoas trans e pretas passam”

“Criar a personagem a partir da rede de afeto que ela tem me emocionou. A Cassandra não está nesse lugar encaixotado que muitas narrativas e olhares do audiovisual colocam as pessoas trans, que é sempre à margem, em situações de perigo e violência, e sob um olhar muito marginalizado”, aponta a cantora. “Poder ver uma personagem como essa que tem uma casa, relações de afeto, um trabalho… Agradeço aos roteiristas terem tido esse carinho de humanizar uma personagem tão completa e intensa”, disse Liniker em entrevista por vídeo com a revista Quem.