Matheus Nachtergaele desabafa em podcast e fala sobre filme revolucionário

O ator Matheus Nachtergaele foi o convidado do podcast Plano Geral desta semana. O artista está em processo de divulgação de seu mais novo trabalho, o filme Piedade, que estreia dia 18 no Canal Brasil.

Matheus Nachtergaele
Matheus Nachtergaele (Reprodução)

Em conversa com Flávia Guerra e Thiago Stivaletti, o ator falou um pouco sobre o filme, que também conta com a participação de Fernanda Montenegro e Cauã Reymond. Além disso, Matheus desabafou um pouco sobre o momento pandêmico que todos estamos vivendo.

“Eu estou muito feliz pelo filme está estreando e está sendo um desses primeiros filmes a serem exibidos em tela grande. Uma grande parcela das pessoas está precisando dessa companhia ideológica. Dessa companhia estética. Dessa companhia de quem também está incomodado pelo rumo que as coisas tomaram, não só no Brasil, mas no mundo”, disse o famoso.

“Piedade é um filme de presságio, a gente fez ele em 2017”, diz o artista, que aponta que a produção acabou prevendo alguns acontecimentos no setor político e cultural brasileiro.

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Destaque no dramaturgia nacional, em Piedade Matheus vive um personagem totalmente diferente de sua personalidade. Onde ele interpreta um executivo de uma petrolífera que quer acabar com uma pequena vila de pescadores.

Sobre personagem

Em entrevista recente concedida para o Cinema com Rapadura, Matheus detalhou como foi o processo de criação do personagem. Segundo o artista, ele aponta como uma experiência desafiadora.

“O Aurélio não deixa de ser, na faceta melodramática que esse filme acaba tendo, um vilão, mas ele não cai na caracterização disso e ponto. Acontece que o agente do capitalismo também é uma vítima, e eu não tirava isso do meu horizonte. Por exemplo: a mãe, careta, machista, superprotetora; a origem dele, como um cara metido a rico, apesar de não ser esse seu princípio; o gay de armário, quer dizer, o Aurélio é um proto bolsonarista; quer dizer, ele é completamente voltado a acreditar que o que importa mesmo é a grana, que os recursos naturais já não importam mais. E o que é o afeto diante da grana, que é a exploração do petróleo no mundo e, apesar disso, ele não é o dono da empresa, e sim um advogado de Bauru que usa as roupas de quem ele gostaria de ser e acaba, no final das contas, sendo uma vítima.”