Lia Sophia e Zélia Duncan cantam sobre visibilidade lésbica em single

A cantora Lia Sophia se juntou a Zélia Duncan para lançar a música Não vou pedir licença. Anunciada para esta sexta-feira (10), o single traz versos fortes sobre a visibilidade lésbica.

Lia Sophia e Zélia Duncan (Divulgação)
Lia Sophia e Zélia Duncan (Divulgação)

Não vou pedir licença faz parte da trilha sonora do documentário Assim como o ar, sempre nos levantaremos, filme em que a cineasta pernambucana põe em foco a visibilidade de mulheres da comunidade LGBTQ+. A canção é uma das compostas pela artista para a produção.

“Quem sabe do meu corpo sou eu / Quem sabe da minha alma sou eu / Ninguém me dirá quem amar / Ninguém me dirá como ser”, diz um trecho da canção empoderada.

A faixa já chega acompanhada de um clipe, que conta com imagens dos bastidores do encontro de Lia Sophia e Zélia Duncan no estúdio Space Blues, na cidade de São Paulo (SP).

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Trazendo batidas eletrônicas que conversam com o pop, o single foi produzido por artistas de três regiões diferentes do Brasil. Além de captação de áudio em São Paulo, Não vou pedir licença contou com produção de Guga Fonseca e Rogério Samico, em Recife. Já em Belém do Pará Mateus Estrela gravou os sintetizadores e percussões eletrônicas.

Representatividade

Nascida no Pará, Lia Sophia lançou no início do ano o álbum Eletrocarimbó, onde trouxe elementos antigos do ritmo nortista com uma linguagem mais pop e atual. A artista disse que a produção seria importante para aproximar novos públicos com o Carimbó.

“Essa linguagem contemporânea que a gente dá a essa cultura de raiz, que é o carimbó, atrai novos olhares, principalmente de um público mais jovem”, explica a cantora em entrevista ao Correio Braziliense. “A música e a cultura produzida na Amazônia não podem se tornar algo apenas folclórico, a gente não pode olhar para esse tipo de música assim”, acrescenta.

Alvo de críticas pelos mais conservadores, Lia destacou a importância de modernizar o gênero para trazer mais visibilidade para a cultura do norte do país.

“Claro, os grandes mestres do carimbó pau e corda, do carimbó puro, continuam fazendo seu trabalho. Na verdade, acho que eu contribuo para que outros olhares se voltem para eles e que outras pessoas tentem descobrir a história, o que é o carimbó, quem são os mestres, de onde vem minhas influências. Eu também trago novos olhares para essa história, que é belíssima”, pontua.