Gilberto Gil se torna, oficialmente, um “imortal”; entenda o caso

Imortal para Música Popular Brasileira (MPB), sabemos que o mestre Gilberto Gil já é. Mas agora a ideia está concretizada com a eleição do cantor e compositor para a vaga da cadeira 20 da Academia Brasileira de Letras (ABL), deixada pelo jornalista Murilo Melo Filho, que morreu em maio do ano passado.

Gilberto Gil
Gilberto Gil está a um passo de se tornar “imortal”; entenda o caso (Créditos: reprodução)

O favoritismo de Gil se confirmou e ele ganhou a disputa com 21 votos, a maioria absoluta Também concorriam à vaga o poeta e compositor Salgado Maranhão (7 votos) e o escritor Ricardo Daunt (nenhum voto).

A votação acontece na tarde desta quinta-feira (11), às 16h. Na última semana, a atriz Fernanda Montenegro foi eleita na Academia Brasileira de Letras, ocupando a cadeira 17. A ABL é uma instituição de teor literário, fundada na cidade do Rio de Janeiro, em 1897.

Os escritores Machado de Assis, Lúcio de Mendonça e Inglês de Sousa foram os seus fundadores. A instituição segue reverenciado a cultura literária brasileira diante de um templo tão importante e simbólico que é a Academia Brasileira de Letras (ABL).

Gil recebeu a notícia em casa, já que uma norma da ABL proíbe que candidatos participem da sessão.

Ele acabou de voltar de uma turnê pela Europa com o projeto “Gilberto Gil – Gil in concert”, que passou por oito países com 18 apresentações. Aos 79 anos de idade, o músico baiano subiu aos palcos acompanhado pelos filhos Bem Gil e José Gil e netos João Gil e Flor Gil.

Em algumas apresentações, Gil conta com a participação da cantora Adriana Calcanhoto.

Durante sua passagem na Europa, Gil não poderia deixar passar conversas sobre a situação política do Brasil em entrevista ao jornal francês:

“Raiva pessoal, eu não sentia. Porque eu não esperava mais nada deles. Eu já sabia que eles eram loucos. Não sentem um interesse profundo pela Nação, pela sociedade… É difícil, faltam-me as palavras”.

O baiano ainda afirmou que o problema não é só brasileiro, mas sim mundial. “Não diz respeito apenas ao Brasil. Ver esse tipo de direita louca no poder, que promove a ideia de violência e conflito, é um problema geral e recente que o planeta está passando”. concluiu Gilberto Gil.

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