Exclusivo: Maglore promete álbum novo até o segundo semestre

A banda baiana Maglore retomou seu processo de lançamento e produção musical e apresentou ao mundo sua nova faixa, intitulada “A vida é uma aventura”. Necessária nos tempos atuais, a música faz parte do mais novo álbum da banda. Em entrevista exclusiva ao portal MixMe, o integrante de Felipe Didier contou um pouco do processo de criação e das perspectivas futuras da banda. Confira:

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Queria escutar nas tuas palavras o que a banda quer passar com novo single “A Vida É uma Aventura”?

Acho que ela tem essa cara de animada, mas ela tá bem além disso. Ela traz essas inquietações e questões do momento, nos últimos dois anos. Ela consegue colocar ironicamente para cima. Uma maneira alegre de trabalhar uma coisa que não seja tão legal, junto também com um pouco de esperança. 

O novo disco já tem previsão de lançamento?

A pandemia acabou vindo e esse disco era pra ter saído em 2020. Ao logo dois últimos dois anos conseguimos fazer alguns encontros a distância e depois finalmente rolou o encontro presencial, no início de 2021, em São Paulo. E acabou que o disco começou a ser formatado e nasceu ali. Depois fomos gravar em BH. Ele está basicamente pronto e estamos no processo de entender como será o lançamento. Ao que tudo indica, iremos lançar depois de alguns singles, mas até o segundo semestre ele vai sair. Estamos nesse foco

O que podemos esperar do novo álbum?

Acho que vai ser um disco com uma proposta bem diferente com relação à direção das músicas. É um disco que tem uma presença muito constante de metas e cordas. Teago trabalhou muito nessas questões  e foi de uma maneira super espontânea. Na hora de gravar, acabou sendo direccionado para isso. Tem muitas composições de Luquinhas, nosso baixista. Era um desejo da banda, ter algo mais conjunto. Nos somos baianos e Lucas é mineiro, que trouxe uma navegação para outro ambiente.

Como vai ser 2022 de Maglore?

A banda sempre se pautou muito por fazer o que tava afim de fazer. Temos uma veia pop, algo meio rock brasil, mas aí o tempo vai passando e naturalmente todos os músicos da banda são diferentes e vão caminhando esteticamente para outros lugares, timbragens de instrumentos e recursos de mixagem. E aí a direção da banda vai virando outra, e eu acho que isso é muito natural, um reflexo da mudança dos integrantes do grupo. Esse disco de agora traduz muito do que a gente é hoje, do que a gente tem vontade de fazer hoje. Então quando eu percebo isso, eu noto que é isso mesmo o necessário: sentir o que a gente tem vontade de fazer e que a música vai caminhando junto com a gente. E eu não digo nem amadurecer, porque acho que amadurecer é um termo até meio arrogante assim, já que a gente nunca tá tão maduro quanto a gente acha. É caminhando mesmo.

E os próximos shows em perspectiva?

Quando a pandemia começou a melhorar um pouco, nós fizemos shows em São Paulo e Rio em Dezembro, mas aí fechou tudo de novo. A gente agora quer voltar a tocar, porque esse tempo parado é complicado pra quem trabalha com música, então é algo necessário em muitos sentidos. A ideia de fato é fazer alguns shows antes de lançar o disco e depois voltar, explorar cidades já visitadas e também outras. É muito provável que algo no nordeste role ainda esse ano, é um local que a gente gosta demais de ir e essa ideia tá na nossa cabeça.

Como está sendo para a banda esse processo de retomada dos shows?

Pra gente tá sendo muito massa, acho que a gente ainda tá vivendo aquela fase de euforia, e me parece uma euforia compartilhada com o público. A gente nota que o pessoal tá bem empolgado também com essa volta, com a possibilidade de estar em shows. 

Milena Cerqueira

Formada pela Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP), tenho interesse e experiência em jornalismo cultural, comunicação interna e assessoria de imprensa. Na área acadêmica, realizei pesquisa referente ao trabalho de conclusão de curso nas áreas de música e cultura pernambucana.