O empresário Diego Timbó abriu o jogo e fez uma denúncia reveladora sobre os bastidores da música. Em entrevista ao crítico Clemente Magalhães, do Podcast “Corredor 5“, o produtor confessou que sofre com a homofobia.
“Quanto mais você expressa a feminilidade, mais você vai ser perseguido“, disparou ele, reforçando que a realidade passa desde os compositores, até nas companhias. Ao ser perguntado por Clemente se percebia isso também dentro das gravadoras, Diego confessou: “Eu tenho certeza“.
O produtor, que já trabalhou com nomes como Pabllo Vittar, Preta Gil e Iza, relembrou o constrangimento que passou em um trabalho com Luísa Sonza:
“Eu vivi uma situação há um tempo que eu estava com a Luísa compondo e era uma composição que só tinham homens héteros sentados compondo, eu tentei dar uma ideia e na hora eu me lembro que uma pessoa me olhou de cara feia. E tentei por mais umas cinco vezes até entender o que estava acontecendo, era sobre não ser escutado, era sobre não ser credibilizado”.
Ele, que atualmente gerencia as carreiras de Cleo e Fiuk, ainda reforçou o quanto é difícil ter uma oportunidade para produtores, empresários e até compositores do movimento LGBTQIA+:
“As pessoas sabem quem eu sou, conhecem meu trabalho e falam ‘vamos fazer um negócio’, mas eu sei o porque a gente não vai fazer o negócio, eu sei o porque eles não me chamam. E eu sei que gostam do meu trabalho, falam comigo sobre. É porque faço ‘Música Gay’, ‘Dragmusic’ ou qualquer nome bizarro que dão pra isso”.
Nas redes sociais, internautas repercutiram as palavras de Diego. “Nossa, estou impactado com a clareza e esclarecimentos que esse grande produtor vocal e empresário artístico @diegotimbo nos trouxe nessa entrevistas. Ele foi perfeito do primeiro segundo até último dessa entrevista“, disse um.
“Acredito que um dos problemas desse mercado é a superestima do design“, comentou outro. “Orgulho de ver meu ídolo trabalhando com alguém tão incrível como o Diego Timbó, excelente em tudo que toca”, escreveu um terceiro.
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