O acidente de avião no interior de Minas Gerais na última sexta-feira (05) interrompeu a carreira da cantora Marília Mendonça, de apenas 26 anos, morta na tragédia. A artista estava no auge e tinha shows marcados até 2023, alguns junto com a dupla Maiara e Maraisa na turnê “Festival das Patroas”.
As três cantoras tinham acabado de lançar o projeto Patroas, com álbum, videoclipes e a turnê que começaria em em março, em Belo Horizonte. Na sequência, as sertanejas se apresentariam no Rio de Janeiro e São Paulo em abril, e encerrariam a turnê em Brasília no mês de maio.
No dia da morte da rainha do sofrência, saiu o clipe de “Fã-clube”, música do projeto das três. Marília chegou a ligar para alguns fãs mais cedo, como parte da divulgação do lançamento.
Em outubro, durante coletiva de imprensa para anunciar a turnê, Marília Mendonça adiantou um pouco do que o fãs poderiam esperar dos shows do projeto.
“Nesse show a gente vai cantar histórias. Na música, Maiara, Maraisa e Marília já provaram muito sobre o que acreditam. Estamos muito feliz. Pegamos primeiras posições muitas vezes. O foco agora é mostrar a amizade. É como você pode estar ao lado de uma mulher, ate servir de escada para a usa amiga, sem ter medo de que aquela mulher fique acima de você”, explicou na ocasião.
O sucesso do projeto foi tão grande que as três foram parar na Times Square. As artistas sertanejas estamparam um telão na famosa rua norte-americana, em uma campanha para o Spotify. Além disso, receberam uma indicação ao Grammy Latino.
Em relação à turnê, ainda não se sabe o que será definido. Os ingressos para os shows já estavam em venda online desde de outubro e continuam sendo comercializados normalmente. As equipes de produção e assessoria, bem como os perfis oficiais do projeto, da dupla Maiara e Maraisa e de Marília Mendonça ainda não se pronunciaram sobre o que será resolvido sobre a turnê.
Marcelo Argôlo é jornalista e pesquisador musical. Autor do livro Pop Negro SSA: cenas musicais, cultura pop e negritude, atua no mercado de comunicação e jornalismo musical desde 2012. Nesse período, teve passagens por redações, agências e assessorias. Atualmente se dedica ao Mix Me e a projetos de produção de conteúdo sobre música pop e negritude.
