Chico César e Lia de Itamaracá participam de filme sobre o Recife

O auto de natal “Baile do menino deus” ganhou nova roupagem, e agora será produzido no formato de filme. Trazendo o Recife como cenário e personagem, e introduzindo atores de peso, como Chico César e Lia de Itamaracá, o novo longa-metragem estará disponível no canal do Youtube do Baile, a partir das 20h do dia 23 de dezembro.

Chico César
Chico César durante as gravações do filme Baile do Menino Deus (Foto: Morgana Narjara / Divulgação)

O novo “Baile do menino deus” visitará os pontos turísticos e históricos da cidade do Recife.

Revelando a poesia e a forte pegada cultural do local, o intuito é tornar concreto o cenário que por tanto tempo esteve presente nos palcos nacionais: ao invés de elementos que remetem aos locais da cidade compondo a peça, temos agora a própria Recife no cenário.

Em 2021, o Baile se expande em cenário real reforçando o teatro enquanto “território do sonho”, pontua a cineasta Tuca Siqueira.

“A celebração do nascimento de uma criança poderia acontecer em qualquer lugar, mas o Recife é palco para essa festa narrada pelo espetáculo há 17 anos então, essa transição de retomada após isolamento pandêmico percorre algumas ruas do centro. Acho que o Recife escolheu o Baile e numa caminhada com parte da equipe projetamos as cenas imaginadas sentindo a pulsação dos lugares escolhidos por nós. Foi assim que definimos as locações do filme e que se construiu o cenário dessa história”, avalia Tuca.

Nas filmagens, houve o resgate do texto original, criado há 40 anos, mas também a readaptação e modernização de alguns ponto-chave da história.

Dentre as novidades contemporâneas, temos a introdução de elementos culturais da atualidade, como o Hip Hop de Okado do Central. Contando com uma trupe de 16 dançarinos, na narrativa o grupo chega ao teatro Santa Isabel à procura do menino Jesus.

No que tange ao roteiro, teremos a famosa história do nascimento de Jesus sendo contada a partir do tradicional roteiro do “Baile do menino deus”, mas acrescido também de reinvenções.

“Nesta edição Maria teve o seu filho e junto com o marido José se encontra em situação de rua, ao abrigo do alpendre da casa de espetáculos. Quando, depois de rezas e peripécias, os Mateus e as crianças conseguem abrir a porta da casa/teatro, José, Maria e o Menino, que antes estavam “invisíveis”, se revelam”, explica a produção.