Camila Cabello fala sobre amadurecimento e saúde mental: ‘É apenas a condição humana’

Com um álbum novo na praça e uma nova fase na carreira, Camila Cabello é um dos destaques dos especial “Power Of Women”, da revista Variety. Na entrevista para o veículo, a cantora fala sobre o processo de retomada do controle da sua carreira.

Exposta à fama desde cedo, quando foi revelada no programa “The X-Factor” e integrou a girl-band Fifth Harmony, Camila não esconde o custo emocional que o sucesso lhe trouxe. “Todas as pessoas que você coloca em um pedestal estão tendo colapsos nervosos. É apenas a condição humana”, declara.

A cubana, naturalizada estadunidense, fala ainda sobre a insegurança na produção dos seus dois primeiros álbuns, “Camila” (2018) e “Romance” (2019), as restrições a sua liberdade criativa e como ela se livrou dessas amarras.

“Antes, com os primeiros dois álbuns, eu ficava tipo: ‘O que você acha? O que você acha?’. E agora não envio mais minhas músicas para tantas pessoas“, disse ela. ‘Tipo, não importa se você ama. Se eu odeio, por que estou promovendo isso? Se eu não consigo aguentar uma música e não quero performar ela, então não vamos lançá-la, porque vai se transformar em algo estranho onde eu nunca mais vou querer cantá-la novamente. Tudo porque eu não escutei a mim mesma”, afirma.

O fruto deste amadurecimento está refletido em seu novo álbum, “Família“, no qual a  artista se inspira nas suas origens e sua referências da música latina. “Bam Bam“, uma das 12 faixas da obra, é um dos destaques e conta com a parceria de Ed Sheeran.

“Ed é um bom amigo há muito tempo e é alguém que super respeito como compositor. Ele está sempre procurando a melhor ideia e realmente não faz rodeios – ele é super direto, e eu também sou assim. Não há ego, que é a melhor maneira de trabalhar”, conta Camila sobre a colaboração com o britânico.

Recém saída de um período difícil, após o termino do namoro com o cantor Shaw Mendes, Cabello ainda pontua que a parceria com a equipe foi fundamental para ajudá-la a lidar com as crises de ansiedade. “Sempre que eu me abria para eles, eu ficava tipo, ‘Eu me senti insegura sobre isso hoje’, e eles respondiam como, ‘Você está falando essa merda mesmo!‘”, revela.