O sucesso do renomado cantor e compositor Caetano Veloso já é sólido nos territórios brasileiros e se mostra também relevante no exterior com a reportagem na The New Yorker.
O cantor ganhou uma matéria nessa que é uma das revistas mais importantes do mundo, que falou sobre o caráter revolucionário do artista, tanto dentro da música quanto dentro da própria dinâmica do Brasil.
Na reportagem, a história de Caetano é contada e seus feitos são relembrados. O The New Yorker afirma que, na década de 60, o cantor era como o cristo da contracultura: vestido todo de branco, com cabelos encaracolados tocando seus ombros, entoava os sons da revolução.
Em 1968, quando o músico foi preso pela ditadura militar, teve suas madeixas cortadas num ato de reprimenda, por tocar canções tidas como desvirilizantes para o regime político. Em um ato de opressão, o corte de cabelo deveria enfraquecer Caetano, tal como a Sansão, e enquadrá-lo nas normas performáticas esperadas pelo regime político, refletindo-se em sua produção.
No entanto, o ato não tirou de dentro do artista sua força, que continuou seu movimento de contracultura. Talvez tenha tido, na verdade, o efeito contrário, e dado a ele o fogo necessário para ascender ainda mais: como relata a reportagem, o cantor consagrou-se mundialmente, recebendo reconhecimento de grandes artistas globais.
Madonna, segundo o The New Yorker, o reverenciou durante um show em São Paulo, enquanto David Bryne, que se apresentou ao seu lado no Carnegie Hall, o descreve como uma referência inclassificável.
“Tem esse cara, que possui elementos de Cole Porter, dos Beatles e de Bob Dylan, e todos esses artistas com quem as pessoas estão acostumadas. No entanto, isso não seria o suficiente para descrevê-lo”, explica Bryne.
A reportagem também recapitula a trajetória de Caetano, discursa sobre seus covers nas mais diferentes línguas e fala sobre alguns de seus álbuns e experiências. Na matéria, um causo curioso também é contado: durante a turnê de seu álbum “Abraço”, um fã o abraçou tão forte que o cantor precisou passar dias de cama, com dores de coluna.
Atualmente mais afeito a experiências mais seguras, o cantor segue com sua produção artística, fazendo história.
Formada pela Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP), tenho interesse e experiência em jornalismo cultural, comunicação interna e assessoria de imprensa. Na área acadêmica, realizei pesquisa referente ao trabalho de conclusão de curso nas áreas de música e cultura pernambucana.