Billie Eilish fala sobre impacto da pornografia na sua vida: “devastada”

A cantora norte-americana Billie Eilish revelou que ter consumido pornografia desde os 11 anos gerou um grande impacto mental: ela tinha pesadelos, e começou a pensar que o que era retratado nos vídeos era normal. O fato interferiu em sua vida sexual e na sua noção de consentimento.

Billie Eilish
Billie Eilish fala sobre impacto da pornografia na sua vida: “devastada”
(créditos: reprodução)

Em entrevista à SiriusXM, no programa de Howard Stern na última segunda-feira (13), a jovem de 19 anos fez algumas revelações acerca de suas concepções sobre o consumo de conteúdo pornográfico.

Ao refletir sobre sua própria exposição ao conteúdo, Billie relatou que pensava ser algo normal e descolado na época, e que fazia isso para se “enturmar com os caras”.

“Eu era uma defensora (da pornografia), me sentia parte do grupo de iniciados, comentava sobre o assunto e me achava muito esperta por não ter problemas com isso e por não achar que fosse ruim.”, explicou a cantora.

 No entanto, hoje em dia a artista enxerga as coisas de forma diferente.

“Acho que pornografia é uma vergonha. Eu costumava ver muita pornografia, sendo honesta. Comecei a ver quando tinha, tipo, 11 anos. Eu acho que realmente destruiu meu cérebro e eu me sinto totalmente devastada por ter sido exposta a tanta pornografia”, desabafou Billie Eilish.

Billie explicou que, devido à sua exposição precoce, ela passou a pensar que deveria sentir prazer com tudo o que via no conteúdo explícito, e a partir disso começou a consentir com atos com os quais não se sentia confortável.

Ela também explicitou o quanto a pornografia é especialmente danosa às mulheres, por representar o corpo e a experiência sexual de uma forma completamente distorcida. A artista também acrescentou que, ao conversar posteriormente com sua mãe sobre o assunto, ela havia ficado horrorizada.

“Eu não entendia como isso podia ser ruim – pensava que estava aprendendo a fazer sexo”, explicou Billie.

Atualmente, a cantora ficou conhecida no meio midiático por usar roupas mais folgadas e que não delimitassem seu corpo, justamente na tentativa de fugir da hipersexualização.