‘Bixa Travesty’ é o título do documentário lançado em 2018, dirigido por Kiko Goifman e Claudia Priscilla, que mostra trajetória artística de Linn da Quebrada e as questões em torno da sua identidade de Gênero. No filme, são exploradas várias das temáticas que a artista está abordando dentro da casa do BBB 22.
A produção é escrita pela dupla de diretores, ao lado da própria Linn. Ao longo da obra, vemos como a artista, usa sua visibilidade na música para lutar por respeito e espaço para travestis, negros e bichas.
“Eu queria que as pessoas olhassem para mim e não tivessem dúvida de que eu não sou um homem. Mesmo que elas não soubessem exatamente quem eu sou, olhassem para mim e vissem que eu não pareço um homem” afirma ela durante uma conversa com a cantora com Jup do Bairro, em uma das cenas do documentário.
Linn da Quebrda se projetou nacionalmente em 2016, com o single “Enviadescer”. No ano seguinte ela lança ‘Pajubá’, álbum que questionava a cultura heteronormativa e falocêntrica, sem papas na linguá.
Imediatamente ele foi considerado um dos melhores álbuns daquele ano e hoje é tido como um dos mais importantes da última década.
O documentário percorre toda a trajetória de Linn durante a produção e lançamento do ‘Pajubá’ e estende as questões debatidas no disco. Além de Jup do Bairro, a cantora e atriz Liniker também está presente no registro cinematográfico.
“Eles acham que nós deveríamos curvar a nossa cabeça e então atender a essas expectativas. Então, se você quer ser mulher, tenha peito. Se você quer ser mulher, não tenha pelos. Se você quer ser mulher, seja magra. Então, se você quer ser mulher, no mínimo, você tem que atender às expectativas do que é ser mulher. E não necessariamente. Pode até ser, se você quiser, né.”; fala Linn, em mais um trecho da obra.
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Em outro momento, vemos a mãe da artista, Dona Lilian, falando sobre ela e no decorrer da cena, vemos surgir uma história que já foi um momento marcante da participação de Lina no BBB.
Dona Lilian: …acreditar no talento dele
Linn: Dele quem?.
Dona Lilian: Dela
Linn: Ó, eu vou tatuar na minha testa “ELA”, pra senhora não esquecer
Dona Lilian: Aí ela tem que falar assim: “Eu sou eu. Eu me amo”
‘Bixa Travesty’ foi exibido no Festival de Berlim, em 2018 e ganhou o prêmio de melhor documentário no Teddy Awards; premiação feita dentro do festival que reconhece obras de temática LGBTQIA+.
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Formado em Jornalismo pela Universidade Federal de Sergipe (UFS). Possui passagem por assessoria de comunicação e produção de críticas musicais desde 2020 em redes sociais. Apaixonado pelo universo e cultura pop, pesquisa e produz conteúdo para o nicho desde 2019.