Audiolivros piratas estouram e ficam em alta como se fossem podcasts

Os audiolivros piratas estão fazendo sucesso nas plataformas de streaming! Eles são tão reais que até chiados, sotaques, pausas e respirações dá para escutar, trazendo dos livros à realidade.

São diversos os livros transformados em audiolivros, bastante parecidos com podcasts, onde os usuários podem ouvi-los à qualquer momento do dia. Ao invés de ler o livro, os usuários escutam quando e onde quiserem.

Entre os mais ouvidos estão algumas versões de “Harry Potter”. Além disso, outras histórias juvenis como “Percy Jackson”, também são campeãs de pirataria. Há também outros títulos de empreendedorismo, como é o caso do livro “Seja Foda!” “Mindset”, além de clássicos que vão de George Orwell a J. R. R. Tolkien.

Esses e outros audiolivros piratas podem ser encontrados em plataformas de streaming como Spotify, Apple Podcast, Deezer e entre outras. As duas primeiras plataformas cidadas, ainda não se posicionaram sobre os audiolivros piratas disponíveis.

Audiolivros piratas
Audiolivros piratas estouram e ficam em alta como se fossem podcasts (Imagem: Reprodução/Web)

Deezer chegou a informar que trabalha à todo custo contra a pirataria com a ajuda de especialistas. No entanto, ainda é possível ter acesso à diversos audiolibros piratas na plataforma!

Cabe salientar que a maioria dos livros são gravados por leitores comuns, inclusive por crianças, a julgar pelo timbre das vozes, que não se identificam. Há também artistas vocais envolvidos nas gravações desses livros, como é o caso da equipe do Canal da Fantasia.

Há quem defenda os audiolivros piratas, como também aqueles que vão contra a prática.

“Quando vi o canal, fiquei maravilhado, porque é um trabalho profissional. Falei que estava errado, porque eles não estavam se remunerando. Não é um trabalho de fã, porque estão atingindo editoras consagradas. Por causa disso, temos o projeto de pejotizar o canal. Este trabalho é uma vitrine do que podemos fazer”, diz Robert Johen, porta-voz do Canal da Fantasia.

“É uma prática totalmente irregular. O autor pode processar não só quem grava, mas a plataforma, porque quem divulga é responsável. O Marco Civil da Internet, que isenta as plataformas de serem responsabilizadas por conteúdo gerado por terceiros, não se aplica a questões que envolvem direitos autorais”, diz o professor de direito Antônio Carlos Morato, da Universidade de São Paulo.

No entanto, os audiolivros piratas estão crescendo cada vez mais e ganhando espaço nas plataformas de streaming como se fosse podcasts!