A Warner Chappell, anunciou, nesta segunda-feira (03) que comprou todo o catálogo de canções de David Bowie. A negociação ocorre em meio a uma onda de vendas lucrativas de catálogos de estrelas do rock.
Segundo a “Variety”, a Warner Chappell teria comprado toda a obra do camaleão do rock por mais de 250 milhões de dólares, aproximadamente R$ 1,4 bilhão. A empresa agora detêm os direitos de grandes clássicos da música em todos os tempos como “Space Oddity”, “Starman”, “Changes”, “Life on Mars?”, “Let’s Dance”,”Heroes” e muitos outros.
“Estamos imensamente orgulhosos de termos sido escolhidos como guardiões da herança de David Bowie, um catálogo com o que há de mais revolucionário, influente e duradouro na história da música” ; disse Guy Moot, diretor da empresa, em comunicado.
A compra foi anunciada poucos dias antes do aniversário do artista britânico, que estaria fazendo 75 anos em 2022. A data também coincide com a proximidade do dia 10 de janeiro, data da morte do ícone pop, que completará 6 anos este ano.
Outros grandes artistas do rock também estão fazendo essa movimentação de venda de seus catálogos. Bruce Springsteen anunciou a venda dos direitos de suas músicas para a Sony por cerca de 500 milhões de dólares. Tina Turner, vendeu seu catálogo de músicas para o grupo alemão BMG.
Stevie Nicks, também seguiu a tendência e vendeu a maior parte das músicas do Fleetwood Mac. Bob Dylan, vendeu sua obra por 300 milhões de dólares para a Universal Music. Paul Simon e Neil Young também entraram para a lista.
Merck Mercuriadis, ex-empresário de Elton John, Beyoncé e Iron Maiden. Já gastou mais de 1 bilhão de dólares, através da sua empresa, Hipgnosis, para comprar catálogos que incluem músicas de Neil Young, Blondie e Shakira.
No Brasil, Paulo Ricardo vendeu o catálogo que inclui as músicas do RPM e de sua carreira solo para a empresa Hurst Capital, do empresário Arthur Farache. Toquinho também está entre os nomes brasileiros que venderam sua obra para grandes empresas.
O impedimento de realização de shows, com a pandemia de covid-19, criou o cenário para que se tornasse viável a compra dos catálogos musicais desses grandes nomes por investidores do mercado musical.
Formado em Jornalismo pela Universidade Federal de Sergipe (UFS). Possui passagem por assessoria de comunicação e produção de críticas musicais desde 2020 em redes sociais. Apaixonado pelo universo e cultura pop, pesquisa e produz conteúdo para o nicho desde 2019.
